A subsede da Apeoesp
(Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) de
Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra ainda não tem informações oficiais sobre o
incidente na EE Farid Eid, tendo apenas conhecimento dos fatos veiculados pela
imprensa. Cabe ressaltar, que direção, professores e funcionários de escolas, e
servidores públicos estaduais em geral são proibidos de dar declarações
referentes a acontecimentos relativos ao trabalho.
No entanto, a Apeoesp
considera não se tratar de fato isolado, pois é público e notório que a
violência nas escolas está atingindo níveis alarmantes, como o tem noticiado
fartamente a imprensa em todo o país. Cotidianamente, profissionais são ofendidos,
agredidos e até com caso recente de
assassinato, como aconteceu no dia 11 de abril, quando a professora Simone Lima
foi morta a facadas dentro de uma escola estadual em Itirapina, no interior de São Paulo.
Realidade que, aliás,
há muito tempo vem sendo denunciada por este sindicato, sendo a segurança nas
escolas um dos itens da pauta de reivindicação da greve atual. Esta situação
reflete a ausência de um projeto de desenvolvimento do qual a educação é o
pilar e denota que o governo do Estado está perdendo a luta contra a violência
nas escolas e na sociedade, por não investir no aparelhamento dos
estabelecimentos de ensino (e da segurança pública), na melhoria dos salários e
das condições de trabalho dos professores e demais funcionários.
Por este e muitos
outros fatores, a Apeoesp entende que, nesse quadro, a responsabilidade maior
recai sobre os governantes, que cometem
violência contra a escola quando deixam os prédios abandonados, quando mudam
incessantemente as orientações de um trabalho gerando cansaço e insegurança,
quando aceitam a desvalorização da profissão de professor. O que hoje nos leva
a lutar contra a divisão profissional, a precarização e a meritocracia no
ensino, aplicada pelo governo do Estado de São Paulo, baseada no modelo já falido
nos Estados Unidos.
Conselho de Representantes e Comando de Greve
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